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19/11/2014  

SINOPSE - A UEL NOS JORNAIS (19-11-2014 - Quarta-feira)

De acordo com as edições digitais dos jornais disponibilizadas no dia.

Agência UEL

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TERCEIRA IDADE - Faltam entidades para idosos no País

De acordo com o IBGE, número de brasileiros com mais de 65 anos passou de 9,9 milhões em 2000 para 14 milhões em 2010

O último Censo realizado no Brasil, em 2010, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que o País tem cerca de 14 milhões de pessoas acima de 65 anos, contra 9,9 milhões em 2000. O aumento foi de 41% no período. O Paraná acompanha os índices nacionais, sendo que o município de Londrina apresenta números um pouco acima da média. Do total da população da cidade, 8,6% são idosos, um aumento de 57% com relação a uma década antes, chegando a quase 44 mil pessoas. No Paraná, são 790 mil.

O IBGE divulgou ainda uma pesquisa que mostra que o número de brasileiros acima dos 65 anos deve chegar a 58,4 milhões em 2020, indo de encontro às perspectivas de taxas elevadas da população idosa e muito idosa.

Apesar do crescimento dessa população, especialistas em demografia e gerontologia afirmam que o País está longe de oferecer uma estrutura digna a essas pessoas. "As mudanças no comportamento demográfico como aumento da expectativa de vida, inserção da mulher no mercado de trabalho, queda da fecundidade, mudança nos formatos familiares e, ao mesmo tempo, o aumento da população idosa, levam a um desafio pela redução da rede potencial de apoio para as futuras gerações de idosos: a necessidade de cuidados para esta população, sobretudo, na saúde e os não domiciliares", resume Claudia Baltar, demógrafa e docente de Estudos de População no Departamento de Ciência Sociais da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Entre 1940 e 2010, a expectativa de vida do brasileiro passou de 41,5 anos para 73,5 anos.

Nesse sentido, em 2006, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) realizou uma série de levantamentos. Um deles, intitulado "Condições de funcionamento e infraestrutura das Instituições de Longa Permanência para Idosos (Ilpi) no Brasil", que visava traçar um panorama do atendimento no País. De acordo com a pesquisa, foram identificadas 3.548 instituições; destas, apenas 218 públicas. As Ilpi abrigavam cerca de 83 mil idosos, a maioria mulheres.

Já em 2010, o Ministério Público do Paraná, por meio do Centro de Apoio Operacional das Promotorias (Caop) de Defesa dos Direitos do Idoso, também divulgou uma pesquisa avaliando os serviços de atenção ao idoso no Estado. Levantou-se que 220 municípios não possuíam Ilpi, e, dos 127 municípios que declararam possuir pelo menos uma Ilpi, 99 só tinham instituições privadas.

O estudo apontou ainda que 95 municípios ofereciam formas alternativas de abrigamento, como casa-lar, centro-dia, condomínio de terceira idade, república, ou outras formas de abrigamento.

Em Londrina, existem atualmente 21 instituições, o dobro de uma década atrás. Apenas quatro delas funcionam, contudo, também como filantrópicas. No total, são 487 vagas no município, sendo 190 filantrópicas, praticamente o mesmo número de dez anos atrás e sem perspectiva de abertura de novas. Existem ainda dois Centros de Convivência que atendem cerca de 300 idosos por mês cada um. Dados da Secretaria Municipal do Idoso apontam que o município arca com 100% dos custos, que hoje giram em torno de R$ 1,2 mil por idoso.

Eva Bettine, presidente da Associação Brasileira de Gerontologia, alerta que esta situação dificilmente poderá ser enfrentada de maneira isolada, quer seja pela família, quer seja pelo setor público ou pelo privado. "A necessidade de procurar uma instituição deve estar em pauta nas novas famílias. E, portanto, devemos ver essa situação de forma contrária a de décadas anteriores. Hoje, as instituições não são mais voltadas exclusivamente a cuidarem dos idosos, mas são um local para viver. Ainda há o preconceito de serem consideradas um ?depósito de velhos?", analisa.

Dessa forma, muitas famílias ? seja pelo número pequeno de filhos ou por falta de condição financeira - se veem frente ao desafio de prover totalmente os cuidados desse idoso. "O preço médio cobrado pelas instituições no grandes centros gira em torno de cinco salários mínimos por mês", aponta.

Marian Trigueiros - Reportagem Local

Estágio

Estão abertas até o dia 30 de novembro as inscrições para bolsas de estágio curricular não obrigatórios na Universidade Estadual de Londrina (UEL). São cerca de 290 vagas em várias áreas do conhecimento, oferecendo oportunidades em quase 100 setores. Os estágios terão início em janeiro de 2015. Os estudantes interessados serão selecionados por meio de entrevista ou prova. Informações no site www.centraldeestagio.pr.gov.br , da Central de Estágios do Governo.

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Coro da UEL participa do Festival Internacional de Corais de Criciúma

A 21ª edição do Festival Internacional de Corais de Criciúma (SC) vai contar com a participação do coral da Universidade Estadual de Londrina, que será realizado entre os dias 26 e 30. O coro londrinense vai viajar com 40 integrantes para duas apresentações, nos dias 28 e 29, com regência de Regina Balan. O repertório vai contar com obras de Elgar, Fauré, Vivaldi, Saint-Saëns e Bach, entre outros autores.

Estudo põe em xeque a influência inglesa em Londrina

Mestranda da UEL, Priscilla Perrud Silva venceu concurso estadual com ensaio sobre a relação da antiga estação ferroviária com a identidade local

Pouco mais de 30 anos depois de o último trem passar pela antiga estação ferroviária, que hoje abriga o Museu Histórico Padre Carlos Weiss, o prédio que fica na Avenida Leste-Oeste sintetiza a identidade do londrinense. A arquitetura eclética, uma escola do século 19 que mescla estilos diferentes, revela a multiplicidade de povos que chegaram a Londrina naquela estação, que funcionou de 1950 até os anos 1980. Ao estudar o prédio e a relação dele com a construção da identidade local, a historiadora Priscilla Perrud Silva venceu o Concurso de Ensaio "A Construção da Identidade: Origem e História do Município", promovido pelo Instituto Histórico e Geográfico do Paraná (IHGP). O resultado foi divulgado nesta semana.

Priscilla começou a estudar o prédio do Museu Histórico em 2010, em um projeto de iniciação científica, quando cursava a graduação em História da Universidade Estadual de Londrina (UEL). O ensaio premiado pelo IHGP, porém, saiu do trabalho com o qual ela concluiu a especialização em Patrimônio e História, também na UEL, onde atualmente realiza o mestrado. "Trabalhei a importância da identidade para a formação histórica das cidades", explicou.

Em entrevista concedida ao JL no próprio museu, Priscilla afirmou que o estudo sobre a relação da antiga estação ferroviária com a identidade local contribuiu para a "desconstrução do discurso histórico oficial". Nesse discurso prevalece a ideia da colonização inglesa, tanto dos pioneiros como da Companhia de Terras Norte do Paraná. "A historiografia que se tem feito mais recentemente põe em xeque essa questão, essa visão que a historiografia oficial tem. Por exemplo: você vê hoje em dia sendo reforçada a questão do papel dos nordestinos e dos negros na conformação da cidade."

Segundo a mestranda, esses grupos são "silenciados" e "ressignificados" pela historiografia oficial. ?A família Palhano é nordestina?, afirmou Priscilla, lembrando os donos da gleba que, agora urbanizada, transformou-se em sinônimo de status social em Londrina. Esse silenciamento vai sendo quebrado pelas pesquisas que os historiadores estão fazendo.

Prédio

No estudo do prédio do museu, Priscilla constatou também que o modelo arquitetônico nada tem a ver com a estação ferroviária de Londres, da qual se dizia que era uma réplica. Tampouco é uma construção tipicamente inglesa. "É oriundo da arquitetura eclética", explicou.

O discurso da historiografia oficial foi desconstruído com a busca de novas fontes, que desmistificaram a História do "prédio inglês". "O historiador tem de fazer uma crítica desse discurso e buscar nas fontes esse trabalho. Levantando as fontes, levantei as plantas do prédio. Encontrei uma cópia da planta de 1945, quando foi feito o edital da construção dessa estação ferroviária."

Priscilla ressaltou que é difícil a busca de novas fontes para estudar a História no Brasil, porque muito dessa documentação foi perdida. "Londrina é uma cidade muito nova, mas a preocupação com o patrimônio histórico tem de ser desde já. Já perdemos muita coisa, aliás."

Museu e História reconstruídos

Entre o fechamento da estação ferroviária e a abertura do Museu Histórico Padre Carlos Weiss, o prédio construído entre 1946 e 1950 passou por algumas alterações. A cerca que hoje o protege não existia. Alguns pisos foram trocados. Os trilhos não eram do trecho da ferrovia que ficava em Londrina. O carro de passageiros e a locomotiva expostos nunca passaram por aquela estação ? todos foram doados posteriormente para a ambientação do museu.

Para a professora Maria Renata da Cruz Duran, coordenadora da Especialização em Patrimônio Histórico da Universidade Estadual de Londrina (UEL), isso "não desmerece a História local, na medida em que a História é sempre uma reconstrução, ou uma construção". "Construímos essa História e a pensamos a partir de questões atuais e o museu é extremamente contemporâneo", afirmou.

O Museu Histórico, acrescentou ela, é "essa combinação de memórias" e traz "memórias fragmentadas de outros espaços para dar voz ao maior número de pessoas possível".

A Especialização em Patrimônio Histórico está com inscrições abertas até 28 de janeiro. A seleção é feita com base no currículo dos candidatos, além de uma prova e do projeto de pesquisa. A mensalidade é de R$ 120 e as aulas ocorrem duas vezes por semana.

Fábio Silveira


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