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27/08/2014  

SINOPSE - A UEL NOS JORNAIS - (27-8-2014 - Quarta-feira)

De acordo com as edições digitais dos jornais disponibilizadas no dia.

Agência UEL

www.folhadelondrina.com.br

Muito além de uma lembrança

Foi a partir de um encontro em família, em 1996, que a atriz Raquel Scotti Hirson, do Lume Teatro, de Campinas (SP), se deparou de forma mais profunda com as memórias do seu bisavô, o poeta simbolista mineiro Alphonsus de Guimaraens (1870-1921). Nascida 50 anos depois do seu falecimento, suas lembranças estavam baseadas apenas nos poemas recitados pela avó e na aura que rodeava a sua figura notória. Alguns anos depois da reunião familiar, um grave Acidente Vascular Cerebral (AVC) sofrido pela sua mãe trouxe à tona o desejo de registrar as histórias familiares envolvendo o poeta famoso, o que acabou se transformando em um pesquisa teatral para o doutorado defendido na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

A montagem "Alphonsus" faz parte desse processo e será apresentado hoje a manhã, às 20 horas, na Divisão de Artes Cênicas/Casa de Cultura da Universidade Estadual de Londrina. A programação faz parte da 46ª edição do Festival Internacional de Londrina (Filo). "Considero como uma estreia essa participação no Filo, já que o espetáculo só foi apresentado em Campinas e Florianópolis para um público reduzido", afirma a atriz. Depois do Filo, a montagem será apresentada em festival de teatro de Caxias do Sul (RS) – 16º Caxias em Cena -, no dia 11 de setembro.

Desse encontro artístico, Raquel ressalta a oportunidade de conhecer o homem por trás da figura importante. "Conheci o seu lado boêmio, tímido e até solitário, mesmo vindo de uma família numerosa", conta a artista. Dono de uma melancolia constante, provavelmente oriunda da perda prematura de sua noiva Constança (uma prima, que morreu aos 16 anos, vítima de tuberculose), Alphonsus de Guimaraens demorou dez anos para se casar com a bisavó da atriz, com quem teve 14 filhos. "Na verdade, houve mais uma filha, que ele quis batizar de Constança, e que morreu com um ano e meio. Isso acabou lhe causando uma depressão profunda, vindo a falecer dois meses depois da morte da filha", observa Raquel. "Ainda há muito mistério em torno da sua morte, sendo o suicídio apontado entre as possibilidades", acrescenta.

A montagem também é resultado de uma intensa pesquisa dentro da metodologia da dança pessoal, bastante utilizada pelo premiado grupo Lume. Misturando fragmentos de poesias, fotos e correspondências, o espetáculo promete ser instigante como forma criativa de revisitar o passado e recuperar suas memórias e suas relações com o presente.

SERVIÇO

"Alphonsus", de Lume Teatro (Campinas/SP)

Quando – Hoje e amanhã, às 20 horas

Onde – Divisão de Artes Cênicas/Casa de Cultura da UEL (Av. Celso Garcia Cid, 205)

Quanto – R$ 25 (inteira) e R$ 12,50 (meia-entrada)

Pontos de venda – Bilheteria do Filo (R. Mato Grosso, 310 – Royal Plaza Shopping), das 10h às 22h (segunda a sábado) e das 11h às 20h (domingos e feriados) e pelo site www.diskingressos.com.br

Ana Paula Nascimento - Reportagem Local

Vídeo e fotografias em exposição

Artistas Claudio Garcia e Daniel Duda mostram trabalhos a partir de hoje na Casa de Cultura da UEL

As linguagens do vídeo e da fotografia são os destaques da exposição que abre hoje para o público na Casa de Cultura da Universidade Estadual de Londrina (UEL)/Divisão de Artes Plásticas (DAP), reunindo trabalhos dos artistas Claudio Garcia (Londrina) e Daniel Dutra (Curitiba).

A inauguração será às 19h30. Garcia, que é professor de desenho e gravura no curso de Arte Visual da UEL, apresenta a videoinstalação "Raimundo, você está quando?" - resultado de uma série de entrevistas feitas em 2008 com um ex-morador de rua de São Paulo.

O artista conta que, na época, Raimundo chamou sua atenção por "escrever o tempo todo e produzir livros artesanais". "Tentei, de início, falar com ele sobre essa atividade, mas ele me parecia desconectado. Não falava coisa com coisa e parecia conversar com seres de outro mundo. Falava de Deus, política, da sujeira em que vivia. Às vezes, recuperava a memória e falava de Goiás, sua terra natal. Assemelhava-se a um profeta do Antigo Testamento que teria caído ali. Dizia que só se alimentava de leite condensado, embora recebesse todo tipo de comida. A última vez que o encontrei foi em 2009. Depois soube que deu entrevista para uma emissora de TV e retornou a Goiás. Era uma pessoa conhecida no Centro de São Paulo", explica.

O artista lembra que seus encontros com Raimundo foram transformadores. "Aquela ausência de condições sanitárias, a falta de higiene, o cheiro. São milhões de coisas as quais nós, da classe média, não estamos familiarizados no dia a dia. Mas conhecer de perto essa realidade me fez perder muitos preconceitos", assinala.

Para ele, o público visitante habitual de exposições de arte vive distante da realidade. "Tenho a impressão de que os estudantes estão criando um mundo paralelo ao mundo real na internet, sendo que o mundo real é muito mais pulsante que o mundo virtual. É claro que viver nas condições de um morador de rua não é um ideal de existência humana. Não faço apologia disso, não pretendo levantar uma bandeira e muito menos fazer filantropia. Acho importante, porém, mostrar essa experiência para as pessoas. E espero que lhes seja também transformadora", salienta.

O curitibano Daniel Duda divide o espaço da DAP com sua exposição "Imateriais", que reúne uma série de fotografias feitas à noite registrando estruturas montadas com fios de algodão. "A ideia é criar objetos que transitam entre a materialidade e a imaterialidade", diz. O trabalho foi concebido a partir de um prêmio-residência conquistado no 64º Salão Paranaense de Artes Plásticas, realizado no ano passado em Curitiba.

Ele conta que uma série de vídeos foi incorporada ao projeto exclusivamente para a exposição em Londrina. "Eles captam movimentos de plantas transformados em formas digitais", completa. Duda também irá conduzir um workshop hoje nos períodos da manhã e tarde sobre processos e conceitos em videoarte. Ao final do minicurso, os participantes criarão uma peça digital para vivência prática dos suportes e possibilidades das novas plataformas digitais.

A exposição poderá ser visitada até 26 de setembro, das 9h às 12h e das 14h às 18h.

SERVIÇO

Exposições de videoinstalação de Claudio Garcia e série fotográfica de Daniel Duda

Quando - Abertura hoje, às 19h30 – Visitação até 26 de setembro, das 9h às 12h e das 14h às 18h

Onde - Casa de Cultura da UEL/Divisão de Artes Plásticas (Av. JK, 1973)

Ingresso - Gratuito

Informações - (43)3322-6844

Nelson Sato - Reportagem Local

Dalton Paranaguá morre aos 87 anos

Médico e prefeito de Londrina entre 1969 e 1972, Dalton sofria de Alzheimer há 7 anos; sepultamento será hoje às 10 horas

Morreu na manhã de ontem o ex-prefeito de Londrina Dalton Paranaguá, que havia completado em junho 87 anos. O velório, realizado na Primeira Igreja Batista, da Avenida Paraná (centro), reuniu familiares, amigos e políticos. O sepultamento será hoje às 10 horas no Cemitério Parque das Oliveiras (zona leste). O ex-prefeito faleceu de causas naturais em sua casa, na Rua Pernambuco, residência onde morou praticamente desde sua chegada a Londrina, em 1955.

Dalton, que também era médico especializado em cirurgia gástrica, sofria de Alzheimer havia aproximadamente sete anos. A doença se intensificou nos últimos dois anos, quando ficou "mais recluso e menos receptivo a visitas e a conversas", disseram pessoas próximas da família. "Nos últimos tempos parou de andar, de se comunicar, se alimentava com dificuldade e começava a ter insuficiência respiratória", relatou Dalton Paranaguá Filho, que também é médico e se dedicava a cuidar do pai.

O ex-prefeito, que governou Londrina entre 1969 e 1972 e foi secretário estadual de Saúde entre 1966 e 1968, no governo de Paulo Pimentel, era casado com Sidrônia, com quem teve quatro filhos – Dalton, Vera, Denise e Márcia (já falecida). Ontem, filhos e viúva demonstravam força e orgulho.

Dalton Filho contou que seu pai, nascido em Jerumenha, no Piauí, em 1927, mudou-se para o Rio de Janeiro aos 13 anos. "A viagem demorou um mês", relatou o filho. Morando com os tios, Dalton entrou para a faculdade de medicina. Depois de formado, passou em concurso da Marinha. Logo, porém, viria para Londrina. "O tio dele falou que havia uma cidade no interior do Paraná que estava crescendo muito e ele resolveu vir." O médico já estava casado, mas seus quatro filhos nasceram em Londrina.

Aqui, Dalton começou a trabalhar no Hospital Evangélico, que, àquela época, ficava onde hoje é a Companhia de Habitação (Cohab), perto de sua casa. Segundo o filho, o médico convidou outros colegas para trabalhar em Londrina porque ele achava que havia muitos clínicos gerais e poucos especialistas na cidade. "Ainda hoje encontro médicos que me dizem: ‘Seu pai me convidou para vir para Londrina’", conta. Dalton também foi um dos cinco fundadores da gastroclínica. Ele atendeu até 1984. "Sessenta por cento de seus pacientes eram atendidos gratuitamente. A morte dele representa a perda de um ser humano em extinção", declarou seu irmão, o pastor Glênio Paranaguá.

"Ele era um cirurgião, mas tinha a visão de um sanitarista, da saúde pública, se preocupava com a atenção básica", avaliou o médico João Campos, presidente do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (Inesco), que está criando o Centro de Documentação e Pesquisa Histórica em Saúde Pública Dalton Paranaguá. "É uma homenagem a quem sempre apoiou a saúde coletiva e incentivou a abertura do curso de medicina na UEL", completou Campos, que é professor da UEL.

MANIFESTAÇÕES PELO ESTADO

O governador do Paraná Beto Richa (PSDB) emitiu nota ontem à tarde, lamentando a morte de Dalton Paranaguá, "um médico brilhante e um político muito além do seu tempo". Beto destacou os feitos do ex-prefeito e ex-secretário estadual, especialmente na saúde, "inovando na descentralização do atendimento", e na educação, onde "contratou e valorizou os professores e construiu escolas".

O governador também lembrou que foi de Dalton a ideia de abastecer Londrina com a água do rio Tibagi, projeto que se tornaria realidade mais tarde. "Infelizmente para Londrina e o Paraná, encerrou a carreira política ao concluir o mandato de prefeito."

Homenageado pela Câmara de Vereadores com o Título de Cidadão Honorário de Londrina, em 1994, e pela Assembleia Legislativa (AL) do Paraná, em 2005, com o título de Cidadão Honorário do Paraná, Dalton também recebeu, em 2012, o título de Cidadão Benemérito da Universidade Estadual de Londrina (UEL), pelo seu empenho para a instalação da instituição na cidade.

A AL aprovou voto de pesar e observou um minuto de silêncio em respeito à memória do ex-prefeito de Londrina. A homenagem póstuma foi proposta pelo deputado estadual Tercílio Turini (PPS), que destacou em pronunciamento a atuação política de Dalton. Turini, que também é médico, afirmou que "Londrina virou referência nacional no atendimento descentralizado de saúde, que é o modelo do SUS".

LUTO OFICIAL

O prefeito de Londrina, Alexandre Kireeff (PSD), decretou ontem luto oficial de três dias no município, pela morte de Dalton Paranaguá. A FOLHA tentou falar com o prefeito, mas ele não atendeu as ligações. Em sua página pessoal na internet, Kireeff escreveu que manteve relacionamento próximo com o ex-prefeito, que era sócio da Sociedade Rural do Paraná, instituição cuja presidência já foi ocupada por Kireeff.

"Foram incontáveis as vezes em que simplesmente aparecia lá no Parque Ney Braga apenas para conversar sobre Londrina a qual sempre se referia como a ‘dileta filha de Londres’", postou o prefeito.

Edson Ferreira e Loriane Comeli - Reportagem Local

Debate em Londrina

Os sindicatos representativos dos servidores das Universidades Estaduais do Paraná promovem em Londrina no próximo dia 3, a partir das 9 horas, um debate com os candidatos ao governo do Paraná. O debate será no auditório Cyro Grossi, mais conhecido como Pinicão, na Universidade Estadual de Londrina (UEL). Todos os oito candidatos ao Executivo foram convidados.

www.jornaldelondrina.com.br

Vestibular da UEL já tem 17 mil pré-inscritos

Pelo menos 17 mil candidatos devem participar do vestibular 2015 da Universidade Estadual de Londrina (UEL). O número de pré-inscritos foi divulgado nesta terça-feira (26) pela instituição de ensino.

A expectativa da coordenação é superar as 22 mil inscrições até o dia 11 de setembro, quando termina o prazo. A inscrição no vestibular da UEL custa R$ 118. Este ano, a UEL está oferecendo 3.090 vagas em 66 cursos de graduação.

As provas da primeira fase serão aplicadas nos dias 2 de novembro e 30 de novembro. Já a segunda fase está marcada para os dias 1º e 2 de dezembro. A prova de habilidade específica para Música será realizada antes da 1ª fase, já no próximo dia 28 de setembro.

Como a prova é eliminatória, o candidato poderá indicar, no momento da inscrição, uma segunda opção de curso - caso não seja aprovado nessa etapa. O resultado do teste será divulgado no dia 13 de outubro.

Todas as informações do Vestibular da UEL podem ser encontradas pela página do processo no Facebook.


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