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18/07/2014  

SINOPSE - A UEL NOS JORNAIS - (18-7-2014 - Sexta-feira)

De acordo com as edições digitais dos jornais disponibilizadas no dia.

Agência UEL

www.folhadelondrina.com.br

Rever para não esquecer

Manter-se próximo da língua estudada é fundamental para guardar o conhecimento

A história é conhecida por muita gente que já estudou algum idioma. Você passa anos na sala de aula, mas bastam alguns meses sem rever o conteúdo para esquecer boa parte do que foi estudado. De acordo com a coordenadora do Laboratório de Línguas da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Valdirene Zorzo Veloso, só há uma maneira de não esquecer o idioma estudado: fazendo a manutenção dele. "Quanto mais nos aproximamos de um idioma, mais conseguimos desenvolvê-lo. Da mesma maneira, quanto mais nos distanciamos mais o nosso cérebro vai esquecendo", explica.

Conforme Valdirene, todas as pessoas nascem com a capacidade de absorção de qualquer idioma, que vai se desenvolvendo à medida que a pessoa é exposta a ele. "Por esse motivo, a criança que tem pais brasileiros e mora no exterior, por exemplo, pode vir a falar mais de uma língua", explica. "Porém, a criança tem uma capacidade maior de absorver um idioma. Com o passar dos anos essa capacidade vai diminuindo", complementa. Por isso, os adultos precisam estar sempre em contato com a nova língua para não esquecer aquilo que aprenderam.

"A linguagem é um elemento vivo, que está sempre em evolução. A língua vai mudando conforme o passar do tempo, por isso é preciso praticar", recomenda. A dica da professora é usar a tecnologia a favor do conhecimento para não esquecer o idioma, ouvindo ou lendo notícias na outra língua ou mantendo contato com pessoas de outra nacionalidade. "Na década de 1980, por exemplo, era mais complicado manter esse contato com a língua. Hoje você tem uma possibilidade maior de estudo e de contatos com a internet."

Outro conselho é tentar inserir o idioma em relações que tenham algum significado. "Apesar de não haver estudos sobre isso, acredito que se formos pensar na nossa memória afetiva, quando se estabelece um vínculo ou uma relação de interesse com aquilo que está sendo estudado, fica mais fácil de não esquecermos", analisa Valdirene. Descobrir qual a sua maneira de aprender também pode ajudar. "Cada pessoa tem uma estratégia de aprendizagem. As auditivas vão ativar o idioma ouvindo músicas, enquanto as visuais podem ver filmes ou fazer uma leitura", recomenda.

Porém, a professora lembra que essas ferramentas são válidas apenas quando já há um conhecimento formal prévio. "Isso tudo só pode ser aplicado depois que já houver a proficiência da língua", ressalta.

Bruna Quintanilha - Reportagem Local

Atividade física

Abertas as inscrições para atividades do Programa de Atividade Física 2014 (Nafi) da Universidade Estadual de Londrina. São 19 modalidades oferecidas para as comunidades interna e externa. Entre as opções estão condicionamento físico, corrida e caminhada, dança de salão, deep running (corrida na água), hip-Hop, judô, wushu, musculação, voleibol e zumba. O período de atividades do Nafi vai de 21 de julho a 21 de novembro. Informações no www.uel.br/cef/nafi .

Encerramento em grande estilo

Último concerto do 34º Festival de Música de Londrina traz obras de Carlos Gomes, Vivaldi e Tchaikowski, com solo da pianista Tamila Salimdjanova

Mantendo a tradição de fechar cada edição do Festival de Música de Londrina em grande estilo, neste sábado, às 20h30, na Catedral Metropolitana de Londrina, acontece o concerto de encerramento da 34ª edição do evento, que começou no dia 6 de julho, reunindo a Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina (Osuel), 120 vozes do Coro da UEL e do coro do festival (com regência de Mariana Farah) e solo da pianista convidada Tamila Salimdjanova, do Uzbequistão. Sob a regência do maestro italiano Alessandro Sangiorgi, o concerto especial ainda terá a participação de Carolina Liesenberg e Patrícia Botelho, alunas do curso de Prática de Ópera de Studio da professora Kalinka Damiani e de Bruno do Nascimento, aluno do curso de Prática de Orquestra Sinfônica, ministrado por Sangiorgi.

O programa traz obras de Carlos Gomes (Abertura da Ópera "Uma Noite no Castelo"), Vivaldi ("Gloria in Excelsis Deo" para solistas e coro) e Tchaikowski ("Concerto Nº 1 – Para Piano e Orquestra").

No Brasil desde a década de 90, o maestro italiano Alessandro Sangiorgi chegou a atuar de 2002 a 2011 como maestro titular da Orquestra Sinfônica do Paraná. Já participou de sete edições do Festival de Música de Londrina, mas está é a primeira vez que vem como professor convidado. É dele também a ideia de produzir no Brasil – inclusive com apresentações previstas em Londrina - a ópera "Maria Tudor", de Carlos Gomes, projeto ambicioso que pretende retomar em breve. Dominando o português, ele destaca alguns detalhes do programa escolhido para a apresentação festiva.

CONCERTO

"O programa foi definido juntamente com o diretor do festival (o pianista Marco Antonio de Almeida) e só tive que acatar, pois são peças maravilhosas, especialmente a da abertura, uma ópera composta integralmente em português por Carlos Gomes. O 'Glória', de Vivaldi, também é uma peça de grande energia e iremos apresentar de sete a oito partes da obra completa por ser muito extensa", explica. Sobre a acústica da Catedral, Sangiorgi adianta que irá optar por tempos mais lentos na execução das músicas para ajudar em um melhor retorno para a plateia.

O encerramento, com obra de Tchaikowski, terá a participação especial da pianista Tamila Salimdjanova, jovem prodígio que inicia em Londrina uma série de concertos que irá executar no Brasil até meados de agosto. Vencedora em 2012 do "III Concerto Internacional BNDES de Piano do Rio de Janeiro", onde ainda lhe foi conferido pela primeira vez o "Prêmio de Público", Tamila há dois dias veio diretamente de Moscou para participar do festival. "Ainda é cedo para falar sobre as minhas impressões de Londrina, mas sou encantada com o Rio de Janeiro pelas paisagens e exuberância de sua natureza", comenta a artista, que ontem realizaria um recital solo de piano no Teatro Crystal Palace. Em novembro, ela retorna ao Rio de Janeiro para se apresentar juntamente com a Orquestra Sinfônica Brasileira.

Desde os 15 anos residindo longe de sua família em Moscou, onde entrou para o Conservatório Tchaikovsky de Moscou, na classe da professora Irina Plotnikova, Tamila começou seus estudos de piano aos 7 anos de idade, ainda na cidade de Tashkent, capital do Uzbequistão (país da Ásia Central que foi uma das repúblicas que formavam a extinta União Soviética). "Venho de uma família musical e fui simplesmente 'jogada' no piano", brinca. "Não tive muita opção: era piano ou piano", diverte-se a talentosa pianista, que já conquistou diversos prêmios internacionais.

Durante o ensaio para o concerto de ontem, onde apresentaria peças de Bach/Busoni, Albéniz, Debussy, Chopin e Prokofiev, chama a atenção o seu visual despojado (de chinelos e cabelo preso) assim como impressiona a força da sua interpretação musical, com dedilhar preciso e harmonioso em belo piano Steinway. O concerto promete.

SERVIÇO

Concerto de encerramento do 34º Festival de Música de Londrina

Quando – Sábado, às 20h30

Onde – Catedral Metropolitana de Londrina (Travessa Pe. Eugênio Herter, 33)

Quanto – R$ 25 e R$ 12,50 (meia-entrada)

Ponto de venda – Bilheteria do Royal Plaza Shopping (R. Mato Grosso, 310), das 10h às 18h

Ana Paula Nascimento - Reportagem Local


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