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01/07/2013  

SINOPSE - A UEL NOS JORNAIS - (1-7-2013 - Segunda-feira)

De acordo com as edições digitais dos jornais disponibilizadas no dia.

Agência UEL

www.jornaldelondrina.com.br

Do fundo do baú

Izaías Cardoso Freitas encontrou, na Viação Garcia, vários documentos do Ouro Verde, incluindo atas de reuniões, fichas de funcionários e rescisões contratuais

Quase um mês antes de ser inaugurado, no dia 1º de dezembro de 1952, o Cine Teatro Ouro Verde teve registrado oficialmente o primeiro funcionário: Saulo Corrêa Ribeiro, contratado como gerente. Por ele, passaram tantos outros empregados: lanterninhas, bilheteiros, copeiros, auxiliares de limpeza. Todos os registros, até quando o espaço foi vendido para a UEL, em 1978, estão guardados nos arquivos da Viação Garcia. Juntos, existem outros documentos: atas de reuniões, impostos de renda, cheques antigos, recibos de compras, livros de contabilidade.

Assine a moção de apoio para a reconstrução do Ouro Verde!

“Na época o seo Celso [Garcia Cid] era sócio do Ouro Verde. E também, como havia a facilidade de fazer a contabilidade e os registros na Garcia, trouxeram tudo para ser elaborado aqui”, explica Izaías Cardoso Freitas, hoje com 67 anos, funcionário da Viação Garcia desde março de 1964.

De fichas completas de vários funcionários, incluindo cartas de demissão e rescisões contratuais, a folhas de pagamento, está tudo lá. Ao todo, são 328 empregados que passaram pelo Cine Teatro Ouro Verde ao longo de 26 anos.

Esse foi o tempo em que o espaço ficou sob o comando do grupo de empresários – além de Celso Garcia Cid, Ângelo Pesarini e Jordão Santoro eram sócios do Ouro Verde – até ser vendido para a Universidade Estadual de Londrina (UEL), em 1978. Há, inclusive, atas de reuniões entre 1978 e 1980 que tratam da venda do cinema. Algumas estão registradas em ata mesmo, enquanto outras são publicações em jornais da época. As atas tratam, por exemplo, de valores da negociação e da divisão entre os acionistas, das parcelas pagas até então.

Há ainda registros de contratos de locações, balancetes, relatório de bens do cinema e, em 7 de janeiro de 1978, o registro de contratação do último funcionário, sob a administração do grupo de empresários. Era Eunilson Bezerra da Silva, auxiliar de operador.

Acaso

Os documentos do Cine Ouro Verde foram encontrados por acaso. Izaías atuava como encarregado da manutenção, mas no início desse ano recebeu uma incumbência: juntar todos os arquivos da empresa.

“Fui apanhar os arquivos e descobrimos os documentos. A gente sabia que o seo Celso era sócio do Ouro Verde, mas não tínhamos conhecimento dessa documentação.” Alguns dos arquivos foram encontrados no prédio da contabilidade da Viação Garcia, enquanto outros estavam guardados no setor de Recursos Humanos (RH).

Izaías trabalha na Viação Garcia desde que chegou a Londrina, quando tinha 17 anos, em 1964. “Vim de Minas Gerais em março de 1964. Eu já tinha um irmão no Paraná. E comecei como engraxate na barbearia que tem ali pra baixo do Julio Fuganti”, lembra. Até que um dia, o dono da barbearia perguntou se ele não queria trabalhar na empresa de ônibus. “No dia seguinte comecei.”

No início, era controlador de passagens. Foi transferido para a agência em Assaí e, em 1965, voltou para Londrina, como encarregado do setor de encomendas. Mais tarde virou gerente de manutenção, setor onde trabalha até hoje.

Campanha

O JL está realizando uma campanha em prol do Ouro Verde. No site www.jornaldelondrina.com.br/ouroverde é possível assinar a Moção de Apoio à Reconstrução do Ouro Verde.

Fábio Luporini

Apagando incêndios

Para especialista, medidas adotadas até o momento foram para enfrentar problemas herdados

A má avaliação dos serviços públicos ajuda a compreender porque o prefeito Alexandre Kireeff (PSD) tem seu pior desempenho nas classes D e E. A opinião é do professor do Departamento de Filosofia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Elve Cenci. “É a parte da população que mais sente, porque é a que mais usa os serviços públicos.” Para ele, a percepção geral de que em 6 meses não ocorreu nada de impactante na gestão se dá porque as medidas adotadas pelo prefeito devem ter efeitos a médio prazo. “Não tem melhora significativa, tem normalização. O prefeito procura recompor a situação da prefeitura, recompor quadros e reestruturar”, pontuou.

Para Cenci, o ritmo da administração contrasta com a pressa da população em solucionar os problemas. “Os protestos mostram isso, as pessoas querem logo uma melhoria da qualidade do serviço público”, explicou. O acúmulo de décadas de “administrações pífias” também ajuda a explicar essa exigência de rapidez. Na avaliação do professor, até aqui a gestão Kireeff se dedicou a apagar incêndios e a enfrentar problemas herdados de administrações passadas.

Corrupção

Um dado que chama atenção na pesquisa encomendada pelo JL é que a gestão Kireeff tem sido vista como mais transparente que as anteriores – 63,35% pensam assim, enquanto 32,36% discordam –, contudo, 15,59% dizem acreditar que a corrupção e a impunidade aumentaram e 53,41% afirmam que “permanece igual”.

Os números chamam atenção por dois motivos: primeiro porque na gestão que antecedeu Kireeff, o ex-prefeito Barbosa Neto (PDT) não acabou o mandato, foi cassado antes. Além disso, nos seis primeiros meses da atual gestão não houve nenhum escândalo de corrupção, nenhum secretário foi demitido e não há nenhuma investigação em curso no Ministério Público.

Para o cientista político e professor universitário Mário Sérgio Lepre, esses números aparentemente contraditórios mostram que “o londrinense está crítico”. Ele entende que a percepção dos eleitores de que há corrupção é positivo, por se tratar de “uma vigilância importante” e “o momento do país exige isso”.

Por outro lado, Lepre afirmou que, ainda sob o impacto das ruas, a sociedade cobra a adoção de medidas que resolvam os problemas com rapidez. O fato de Kireeff ter vencido as eleições com um discurso de “administração gerencial” faz com que as cobranças sejam fortes. O problema é a “diferença entre administração gerencial e administração pública”. Como no setor público as medidas seguem um trâmite mais demorado, as expectativas de soluções rápidas acabam frustradas. “Tem todo um trâmite que é necessário na administração pública e tem dificuldade de implementar ideias básicas.”

Serviços públicos não melhoraram

Na percepção dos londrinenses, depois de seis meses da gestão Kireeff, os serviços públicos permanecem iguais, o que não chega a ser uma boa notícia, já que a situação encontrada pela atual administração não foi das melhores. As piores avaliações estão no transporte público e na saúde. No caso do transporte, em que houve redução da passagem em R$ 0,10, por conta da isenção dos impostos federais (PIS e Cofins), 64,33% dos entrevistados consideram que situação permanece igual. Para 21,64% houve uma melhora e para 13,26% o serviço piorou. Já na saúde, 57,89% entendem que o serviço não avançou. Outros 27,49% afirmaram que o serviço piorou e só 14,62% viram melhora no atendimento. Os setores que os londrinenses mais acreditam que tenha melhorado são a limpeza da cidade (27,49%) e a coleta de lixo (27,10%). Mas isso não significa que os serviços sejam vistos como uma maravilha. No caso da limpeza da cidade, 23,39% responderam que o serviço piorou e 48,79% entendem que ele permanece igual ao que era. No caso da coleta de lixo, a piora é apontada por 23%, contra 56,34% que entendem que o serviço permanece igual.

Dilma e Richa em caminhos opostos

A presidente Dilma Rousseff (PT) é aprovada por apenas 34,11% dos eleitores londrinenses, segundo aponta levantamento feito pela Paraná Pesquisas com exclusividade para o JL. A desaprovação da petista na cidade é de 62,18% e 3,7% não opinaram. A Paraná Pesquisas entrevistou 513 eleitores londrinenses entre os dias 23 e 26 de junho e a margem de erro é de 4,5 pontos porcentuais. A aprovação reflete o desempenho da petista nas eleições de 2010, na cidade: no primeiro turno ela obteve 18,77% dos votos, ficando em terceiro lugar, atrás de Marina Silva (PV), com 23,71% e José Serra (PSDB), com 55,92%. A imagem da presidente sai um pouco mais arranhada depois das manifestações que tomaram conta do Brasil. Em Londrina, manifestantes gritaram palavras de ordem contra Dilma.

Já o governador Beto Richa (PSDB), que em 2010 obteve 71% dos votos dos londrinenses, é aprovado por 59,06% dos eleitores entrevistados pela Paraná Pesquisas, contra 36,65% de desaprovação. O tucano mantém forte apoio na cidade, apesar de ter preterido Londrina de alguns benefícios, como no caso do subsídio concedido para o transporte coletivo da capital, em detrimento de todo o Estado, desde o ano passado.

Fábio Silveira


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