Renan Teles, Brasil
Se um dia pudesse escolher um orientador, seria Theaster Gates. Sempre que posso estudo sobre esse grande artista. E algo que de imediato me surpreendi sobre sua trajetória foi seu grande interesse pela cerâmica japonesa, o que o levou a estudar cerâmica no Japão no começo de sua carreira. Para tentar entender o que se passava, passei a pesquisar na internet. Ao encontrar o instagram de Kasunori Hamana, me apaixonei tanto pelos seus trabalhos como pelas fotografias que fazia deles. Passei a desenhar a partir dessas fotografias, estudando a relação entre as formas e o cenário que ele escolhia. O volume através da luz. Aos poucos comecei a imaginar como seria ter uma dessas cerâmicas através do desenho. Como elas caberiam dentro de casa. Comecei a incluir outros ceramistas, imaginando seus vasos ao redor do meu conjunto habitacional em Itaquera. Agora estou interessado nessas ficções.
Sempre vi o desenho como uma ferramenta, e como toda ferramenta ele é ótimo para criar poesia. “Renan Teles”
Renan Teles, artista visual afroindígena, nasceu e vive em Itaquera, São Paulo – SP. Partindo sempre da fotografia, sua pesquisa sobre a imagem resulta em séries bastante distintas que convergem em questões identitárias sobre periferia, negritude e sua ascendência Xacriabá. Sua última exposição individual foi em 2020, “Esmeraldas não é Cohab porque tem elevador” na O.C. Alfredo Volpi, em Itaquera. Entre outras exposições individuais estão a “Fotografia Popular Brasileira” na O.C. Oswald de Andrade em 2018 e a “Estudos para jato de tinta” no Museu Murillo La Greca em 2014. Desde 2011 tem participado de diversas exposições coletivas pelo país, como o 14º Salão Nacional de Artes de Itajaí; o Prêmio EDP nas Artes em 2012, e o IV, VI e X Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia. Em 2020 participa do Arte Londrina 8 e o 25° Salão Anapolino de Arte. Em 2021 foi indicado ao Prêmio PIPA.
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