AVILMAR MAIA

O artista Avilmar Maia respondeu algumas questões feitas pela DaP, também. Reside em Belo Horizonte – MG e participa da 3ª exposição ARTE LONDRINA 7 – PRECIPITAÇÕES.

COM QUEM TEM AS MELHORES CONVERSAS SOBRE O QUE TE INTERESSA COMO ARTISTA?

Atualmente faço acompanhamento dos meus projetos e de minha produção no Espai, em Belo Horizonte, espaço fundamental de discussão sobre a arte contemporânea, pois o artista precisa desse momento de pensar o seu processo, a sua pesquisa, ou melhor, as suas questões.

QUANDO UM TRABALHO COMEÇA?

Bom, penso que desde o início do processo criativo, ou seja, um trabalho começa na “seleção” do material, ou seja, na própria compra desses objetos, mesmo que inicialmente seja muito intuitivo,  mas as antenas do artista já estão ligadas, mesmo sem perceber.

QUAIS ARTISTAS OU TEÓRICOS VOCÊ CONSIDERA IMPORTANTES? POR QUÊ?

São tantos artistas, pois de alguma forma fazemos parte dessa tessitura da história da arte. Gosto muito dos trabalhos de Marina Abramovic, Nelson Leiner, Rivane Neuenscwander, Nydia Negromonte, entre outros.

O QUE VOCÊ ESTÁ LENDO?

A Divina Comédia, de Dante.

 

QUE TIPO DE COISA CHAMA SUA ATENÇÃO NO MUNDO?

As coisas que ninguém presta atenção (por serem banais, indiferentes, corriqueiras). Acho que trazer essas coisas à tona é função do artista.

O QUE VOCÊ ESTÁ PRODUZINDO AGORA?

Estou (re)trabalhando uma série intitulada Ato para uma exposição, no próximo ano. Além de algumas obras para uma exposição coletiva em novembro, desse ano,  na Periscópio Galeria, em Belo Horizonte.

QUE MÚSICA VOCÊ OUVE?

Maria Callas e outras óperas, quando estou produzindo. Madonna, quando estou correndo. Caetano, Chico, Adriana Calcanhoto, em casa, tranquilo.

QUE EXPERIÊNCIA FOI IMPORTANTE PARA QUE VOCÊ SE ENTENDESSE COMO ARTISTA?

A psicanálise, ou melhor, uma análise pessoal. E também um bom encontro:  no Espai, onde faço meu acompanhamento e a cada dia me entendo melhor como artista.

DESMONTAR, RECOMBINAR, RENOMEAR, SEMPRE A PARTIR DE OBJETOS E INFORMAÇÕES PRÉ- EXISTENTES, SÃO OPERAÇÕES COMUNS NOS SEUS TRABALHOS, COMO ESTAS OPERAÇÕES TE INTERESSAM?

Excelente colocação! Pois esse é o meu processo de trabalho, a minha essência de artista e o meu fazer partem da desmontagem de objetos (brinquedos) e, em seguida, um outro mecanismo: a remontagem, recombinação, renomeação e, assim, uma ressignificação. Essas operações me interessam na medida em que posso retornar para a indústria cultural, de onde retiro meu material, algo com uma nova ressignificação.

Fotos de detalhes dos trabalhos de Avilmar Maia expostos na DaP:

Comente

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

You may use these HTML tags and attributes:

<a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>