Sobre a exposição “Cidade, Mundo Plástico” é possível criar um diálogo sobre cidades imaginárias ou imaginadas nas mediações.

A cidade de Algacir Júnior parece ser grande, populosa, de movimentos velozes que impedem relações próximas entre as pessoas,  são questões importantes para o artistas a falta de privacidade, a solidão, o isolamento e os diferentes tipos de violência a que somos submetidos.

A cidade de Fabrício Lopez parece mais tranquila, não muito grande, ou há nela algo que aproxima, com atmosferas úmidas como de fato parece ser Santos, cidade onde o artista vive.

Para a oficina, no dia 16 de abril, realizada com estudantes do ensino médio da Escola Estadual Antônio Racanello, da cidade de Arapongas. tomamos como base o trabalho Pluracidades do artista Guilherme Maranhão. Composto de uma série de fotografias  realizadas com ajuda de recursos analógicos, as fotos captam a vida nas cidades, seu dinamismo, pessoas em seus afazeres diários que captados pelos mecanismos desenvolvidos pelo artista parecem esticados, derretidas e são repetidas criando um ritmo específico.

O objetivo da oficina era que os estudantes obtivessem imagens parecidas com seus próprios celulares, movimentando-os no momento da captação. Fomos até a praça que fica em frente à DaP, para que os resultados pudessem ser bem diversos.

Os estudantes, cada um com seu celular, ao tirar as fotos, movimentavam os braços, tremiam as mãos, ou então pulavam e  giravam para conseguir o efeito desejado. Pela tecnologia de estabilização de imagens, presente na maioria dos celulares e câmeras, alguns tiveram dificuldades para conseguir uma imagem derretida pelo movimento. Veja abaixo, fotos da mediação e de exemplos do resultado das fotos: