PAISAGEM: A REPETIÇÃO DO QUE É IMPERMANENTE
Caminhar o bastante para estar longe o suficiente. Para constituir uma paisagem, o corpo deve entender-se com as distâncias, deve apoiar-se sobre coordenadas imprecisas e novas. A paisagem é sobre o que está tão longe que torna imprecisa a perspectiva dos limites, mas também pode ser um logo ali, um resíduo ou vestígio que permite que a mente se alongue.
A paisagem é um conceito caro a muitas áreas de conhecimento, com aproximações, distanciamentos e especificidades culturais, simbólicas e afetivas. No caso da arte, a paisagem é um gênero tradicional: até o século XIX, grande parte dos artistas invocaram/abordavam o assunto em suas produções (em geral, com pinturas a óleo sobre tela) por meio de representações mais ou menos fidedignas de panoramas naturais e/ou urbanos. No entanto, contemporaneamente, com a expansão do conceito de arte, das possibilidades expositivas, dos materiais empregados e do papel do artista, é pertinente a pergunta de como a paisagem, não somente enquanto representação, mas também enquanto conceito e potência poética, pode ser, e é, abordada?
O presente evento, por meio de exposição de arte, palestras e oficinas, pretende colocar em relevo esta questão e fomentar debates a fim de gerar entendimentos outros a respeito deste assunto tão caro à historiografia de arte e extremamente citado, abordado e revisitado em produções contemporâneas de arte.
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INSCRIÇÕES DE 22 DE SETEMBRO A 04 DE OUTUBRO DE 2017 PELO SITE:
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