A artista Sylvana Lobo participa da exposição ARTE LONDRINA 5 – O TEU CORPO É LUTA. Enviamos algumas perguntas para que possamos conhecer mais sobre o processo e as referências da artista.

1 – COMO UM TRABALHO COMEÇA?

Com uma inquietação e uma necessidade de explorá-la plasticamente.

2 – QUE ARTISTAS OU TEÓRICOS VOCÊ CONSIDERA IMPORTANTES? POR QUÊ?

Tenho mais observado os artistas (ou o mundo) que os teóricos. Conceito e forma são muito bem executados em trabalhos como os de Kara Walker, Barbara Kruger, Cindy Serhman, Brígida Baltar, Ana Miguel, Rosângela Rennó.

3 – O QUE VOCÊ ESTÁ LENDO?

A desumanização, de Valter Hugo Mãe.

4 – QUE TIPO DE COISA CHAMA SUA ATENÇÃO NO MUNDO?

De paisagem a questões de gênero. Os cenários excessivamente amplos da cidade onde vivo (Brasília) não os permitem ser despercebidos; acredito que isso seja mais evidente para os que não nasceram aqui e possuem outro contexto geográfico como referencial afetivo. E no meio da grandiosidade da paisagem, nas miudezas das relações sociais, cada vez mais têm me chamado a atenção as opressoras violências de gênero silenciadas por um machismo tantas vezes sutil e tantas outras despreocupadamente agressivos.

5 – O QUE VOCÊ ESTÁ PRODUZINDO AGORA?

Estou dando continuidade a série “Vergonha’ e, em paralelo, estou com um projeto em pintura de investigação da paisagem da violência sexual.

6 – QUE SITES VOCÊ COSTUMA VER?

Sites de notícias, arte, imagem, fotografia, museus.

7 – QUE MÚSICAS VOCÊ OUVE?

Há tempos Devendra Banhart tem sido uma boa companhia. Posso também citar Karina Buhr, Nina Simone, Mutantes, Júpiter Maçã, Caetano, Cartola, Velvet Underground.

8 – QUE EXPERIÊNCIA(S) COM ARTE FOI IMPORTANTE PARA VOCÊ?

Sem dúvida foi a residência artística em Quito, 2016, num espaço chamando No Lugar. Esse período de imersão me permitiu pensar, produzir e também conhecer artistas e seus processos.