Mediação com C. E. José de Anchieta a partir do trabalho de Natasha Barricelli

No dia 14 de outubro, recebemos a visita dos estudantes do oitavo ano do Colégio Estadual José de Anchieta, de Londrina.
É comum durante as mediações, alguns estudantes questionarem os trabalhos expostos, perguntando se são realmente arte, ou então perguntando o que pode tornar objetos às vezes tão fáceis de encontrar em arte. Procuramos agora sempre conversar sobre a natureza da arte contemporânea, e a partir das experiências e perguntas dos estudantes sobre os trabalhos expostos, articular respostas que os façam pensar sobre esses trabalhos. A resposta para tais questões pode ser simples: o que faz de um objeto arte contemporânea é uma atenção diferente dada a ele pelo artista ou então uma nova dimensão dada por ele, e o que completa essa relação é a experiência do expectador a partir disso. E claro, não podemos esquecer que o sistema da arte é composto por pessoas, e ele, muitas vezes, é quem define o que é arte.
Para a oficina, escolhemos o trabalho da artista Natasha Barricelli. A artista usa imagens de obras tridimensionais de vários períodos da história da arte e os “transforma” em bidimensionais desenhando apenas suas silhuetas usando traço de ponta seca sobre o papel. A partir dessa ideia, pegamos uma caixa cheia de brinquedos e objetos utilitários (usados anteriormente em oficinas do projeto Cartografias Cotidianas) e propomos que os estudantes, em uma folha de papel kraft, fizessem a silhueta de uma série de objetos, escolhidos por eles, do ângulo que estivessem enxergando, e depos trocassem as folhas com os colegas e tentassem descobrir quais objetos foram desenhados.
No final, cada um disse para a turma os objetos que nomeou, com o colega ao lado dizendo se estava tudo correto ou não.