Mediação com estudantes do Colégio Pontual, a partir do trabalho de Hugo Curti

No dia 13 de outubro recebemos a visita de estudantes do ensino médio do Colégio Pontual para uma mediação com oficina.
É interessante perceber a reação dos estudantes para com alguns trabalhos para que a mediação os englobe e comente, inclusive, questões que estão aprendendo no colégio.
Conversamos com eles sobre arte contemporânea: O que é? O que separa um objeto de arte contemporânea de um objeto comum, muitas vezes praticamente igual? Como trabalha um artista? Mostramos que muitas vezes o que faz algo ser arte contemporânea é a atenção especial dada ao objeto ou à ação, é o discurso gerado em cima ou pelo objeto, é a relação com on expectador, e conversamos também sobre o fato de que a arte já não precisa mais de rótulos como “pintura”, “escultura”, “desenho”, pois os trabalhos muitas vezes transitam entre vários meios.
Para a oficina, tomamos como base o trabalho de Hugo Curti “Seres Abissais Sobrevivem”, e exploramos a ideia de que é possível inventarmos histórias, personagens, criaturas, a ponto de estabelecermos detalhes mínimos, mesclarmos a fatos históricos e científicos, realizarmos estudos, etc. Propomos então que eles, em uma folha de papel kraft, com tinta guache, canetinhas e giz de cera, inventassem um acontecimento, um ser, um lugar, um estudo.
No final, todos apresentaram suas criações para a turma. Surgiram um Dragão de Gelo, um ser chamado Pitmoniamos, um novo planeta que se encontra a 1232000 km da terra, um ornitorrinco com orelhas de coelho, uma fada, um gato de duas cabeças, Shake de Pombo, chuva colorida que alegra quem está triste, entre muitas outras coisas.